CABO-DE-GUERRA



Muito se tem falado a respeito da situação dos índios brasileiros.
Quando da celebração dos 500 anos de nossa existência, eles não tiveram chance de participar da festa, pois era como se eles não merecessem ser mencionados, já que a essência da celebração era justamente festejar a chegada do invasor, do conquistador, do colonizador. 500 anos de extermínio, seguindo quase à risca o modelo de limpeza étnica perpetrado pelos conquistadores e colonizadores das Américas do Norte e Espanhola.
Agora, depois de tanto descaso, vem à tona a questão dos índios de Roraima, que se vêem às voltas com uma disputa de terras que já haviam sido declaradas de sua propriedade: a Reserva Raposa Serra do Sol. A questão atual é que há outros interesses em jogo, principalmente o econômico, mantido por proprietários de terras, arrozeiros, que, apoiados pelo governo do Estado, participam de um cabo-de-guerra com os índios. A questão está no Supremo Tribunal Federal em Brasília, e de início pende favoravelmente aos índios, visto que, de acordo com o ponto de vista do magistrado encarregado de decidir a questão, é de conhecimento público e notório que os índios tem direito a viverem em suas terras.
Agora é aguardar um pouco mais e ver o que a justiça vai decidir. O STF deverá estar acima de qualquer interesse particular, visto que legisla em causa pública.

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