DRAMA URBANO, AMOR INSANO

Este mês de outubro ficou marcado pelo drama vivido pela jovem Eloá, que acabou morta pelo ex-namorado Lindenbergh Alves que invadiu sua casa e a manteve sob a mira de uma arma durante quatro dias, juntamente com sua colega Mayara, em Santo André, São Paulo.
Infelizmente o caso terminou em tragédia, acompanhada dia e noite pela população através da mídia, que a manteve informada a cada instante, esmiuçando detalhes dos momentos de terror que fizeram do caso um prato cheio para as emissoras de rádio e televisão do Brasil, chamando a atenção para casos de violência e crime motivados por paixão e ciúme, dos quais jovens sem muita perspectiva de vida e de juízo fraco são presa fácil.
Além disso, há um questão a ser debatida, que é a facilidade com que se consegue uma arma, com o intuito de se tirar a vida de outra pessoa. Num país em que a lei do desarmanento foi derrubada e foi dado às pessoas o direito de cada uma ter uma arma de fogo para se defender mediante o porte legal dela, é cada dia maior a quantidade de armas que circulam pelas ruas em poder das pessoas.
Eloá está morta e enterrada. Seus órgãos foram doados para salvar vidas de outras pessoas que enfrentam dramas diferentes e esperam um gesto humano para voltarem a viver. O caso, porém ainda não está totalmente encerrado. Poderá ou não ser encerrado, visto que o criminoso ja está preso e deverá ser condenado pela justiça comum. Entretanto, há dúvidas quanto a quem atirou primeiro antes da polícia invadir o local do crime. A ação que acabou nos tiros que encerraram a vida de Eloá e feriram sua colega está sob investigação e resta saber o que os motivaram. Se foi a polícia, que ao entrar abruptamente no apartamento, seguindo ordens de seu comando com o fim de encerrar logo o caso, sem atentar para a periculosidade das circunstãncias, em que duas vidas estavam em perigo. Ou se foi simplesmente a loucura a que chegou o jovem Lindenbergh, possuido pelo ciúme que fez mais algumas vítimas, arrebatando-lhes a liberdade e a vida.