ARMA DURA


O Brasil, com o Governo Lula, tem entrado no cenário internacional há algum tempo, principalmente depois que o mundo desenvolvido identificou no país continente um gigante antes adormecido, como há muito alardeado pelos seus cidadãos nos áureos tempos do desenvolvimentismo lá dos anos 50, mas que acabou de acordar. Agora, o mundo está reparando melhor na alta postura do nosso presidente Lula, que tem colocado o Brasil frente às grandes potências, na esperança de levá-lo a representar uma força econômica atuante e tornar-se peça importante no tabuleiro de xadrez do mundo globalizado.
Esta semana, pôde-se ver a que nível o Brasil chegou, tendo sido convidado a participar da Cúpula de Segurança Nuclear da ONU, em que estiveram presentes 47 países, liderados por ninguém menos que Barack Obama. A idéia desse encontro foi deixar claro para o mundo a importância de esses países montarem esquemas de reforços de seus sistemas de segurança e cooperação internacional para que grupos não-estatais do tipo Al-Kaida e Talibã, não tenham acesso a armas nucleares capazes de ameaçar nações com suas ofensivas terroristas. A grande questão em torno da qual ainda gira uma certa discussão é o posicionamento de certos países em relação ao Irã, que tem avançado no campo da produção de energia atômica para, segundo eles, atingirem fins pacíficos, o que, na opinião dos EUA, pode não ser verdade e pode lavá-los a impôr sanções àquele país. O Brasil assumiu uma posição favorável ao Irã em relação a esse tema desde que ele esteja definitvamente a caminho da paz. Mas para as outras potências, uma aproximação muito grande com os países árabes pode não ser bem vista pelo Tio Sam, que tem tido certa dificuldade em alcançar um ponto de equilíbrio entre essas diversas nações conflitantes, sobretudo Israel e seus vizinhos muçulmanos.
Mas a coisa não para por aí. Em Brasília, realizou-se o encontro do BRIC, (Brasil, Rússia, India e China) para se firmarem acordos econômicos e se estabelecer metas de governança global e interrelacionamento entre as economias de rápido crescimento no mundo emergente, visto se tratarem de mercados consumidores que detêm 40 porcento do comércio mundial. A China chega ao Brasil com a proposta de investir no campo industrial e para isso oferece toda o seu know-how para que o Brasil possa crescer mais ainda através de intercâmbios comercias. O Brasil quer ter a China como parceira comercial do novo milênio. A Rússia tenta recuperar terreno no campo da economia e da política através de uma plataforma que possa lhe arremessar de volta ao grupo dos grandes. E a Índia vem oferecer sua boa vontade em querer participar dos acordos internacionais em que o BRIC possa fazer parte com fins de integrar uma aliança voltada para o desenvolvimento mútuo. O resto do mundo observa com certa cautela a movimentação do BRIC para ver até onde ele vai.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INCOMPETÊNCIA GLOBAL

SUA SANTIDADE?

RIO: PERIFERIA DA SEGURANÇA