E PLURIBUS UNUM


O povo americano mostrou à sua maneira típica o que pensa do próprio país. E ficou claro para os EUA e para o mundo que os norte-americanos não estão nada satisfeitos com o estado em que se encontra a maior economia do mundo. A vitória de Barack Obama é a tentativa de recuperar o state of affairs da sociedade e da ecomomia de um gigante que, devido à dimensão de sua influência, tornou-se vítima de suas próprias armas.
Hoje a América não é mais aquela de há 40 anos atrás, atravancada pelo racismo explícito que chegou a mobilizar toda uma camada de minorias que já vinha lutando pelos seus direitos humanos na sociedade. Hoje a América é uma rede que se estende pelo mundo, mas com seu ponto nevrálgico ainda plantado em solo ianque, com raízes bem entranhadas na classe trabalhadora. E essa classe de trabalhadores tem sentido os efeitos nocivos da globalização e da falta de objetividade do Governo em gerar políticas públicas que satisfaçam as necessidades prementes de um povo que a cada dia ainda faz jus ao melting pot.
Por ser ainda o alvo maior do American Dream, não é à toa que mihões de imigrantes sonham com a América, apesar de tantas restrições nos dias atuais. Só que tolerância demais prejudica a alma do negócio. E foi por isso que os negros, os latinos, asiáticos e os que se encontram em situação economicamente desfavorável optaram por uma troca radical do líder da nação para que inicialmente eles tenham uma motivação para recuperar uma grande nação.
A chegada de um negro à Presidência dos Estados Unidos alegra o mundo, mas ao mesmo tempo cria um questionamento: Qual serão as dificuldades que se apresentarão ao novo Presidente ao longo desses anos por vir? A maior delas, com certeza, será a tarefa de unir uma sociedade economicamente dividida.

Comentários

LUIZGMACHADO disse…
Muito bem escrito. Parabéns ao inteligente,perspicaz e observador blogueiro!!!

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